Saturday, June 14, 2008

não seria sem espanto, tudo o que preciso é nada mais. não sem estímulos, viajando pelo fora que é dentro, de olhos abertos. os pensamentos batem nas paredes da mente, sentindo sentidos, à espera da minha ausência, como se tudo fosse.
as mãos se encontraram, já não se sabe qual delas toca a outra. sinapses, sinapses. abscôndito despreendido, inefável sem lugar. uma mentira apenas para dizer a verdade. ando, logo tropeço. outro passo. mais um.
ele, o diabo, se apresenta em detalhes. ela, a paisagem, não tem começo nem fim, nem cheio nem oco. face de todas as faces. aqui na terra, sou a tua sombra, sem intervalos sob o céu que se ultrapassa.

deste corpo não sairei.

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