Monday, August 27, 2007

um mundo. dividido e multiplicado em desenhos variados. pontos, silhuetas de ar em movimento. mundo sem tempo, imortal no seu esquecimento. vazio para uns, cheio para outros. lugar onde ninguém é ninguém, nada é tudo, e assim sucessivamente.

um homem é igual a todos. vive no vácuo, celebrando a nossa tragédia. a grande festa do vento, que começou algures e acabará sem nunca ter fim. aqui dança-se à vertigem, em incessante acumulação de memórias. e sonhos.

o amor em ti sou nós. e desapareço nesta explosão imediata. não esquecendo, sem lembrança. chovendo nesta terra de pele. cavando o centro do mundo com dedos inexatos.

sorrindo à insignificância, aconteço em mistério. de olhos abertos, ilimitáveis. contemplando o possível do impossível.

desde a limpidez desta confusão sem retorno, digo sim.

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