Thursday, November 13, 2008


Se existe um mundo, tudo está em tudo. E tudo é um exagero. Se tenho dois olhos, impossível não ver um mundo duplicado mundo duplicado. Se existe um mundo, ele desdobra-se. Ele é acontecendo, avançando para trás e recuando para frente. Por entre as brechas. Inconfundível tanto quanto indefinível. Incontrável tanto quanto possível. Aqui falta algo que. Nossos corpos exalam calor, chovendo por dentro. Começando sempre, sempre, sempre. De um gesto a outro. De olhares e traduções. Ver e agir, atento ao que se vê e ao que virá. Constelações abertas. A consciência em nascimento de percepções em nascimento de consciências. A ilusão da ilusão. Algo entre máquinas e animais, método do mais puro acaso. A razão encontrada no silêncio. Falar para calar, não mais.

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