de volta às origens. aqui. em pensamentos vacilantes. é estranho. reconheço o que está a minha volta e reconheço a mim. é estranho. reconheço que já não sou isto. reconheço o que fui e da onde venho. identifico as pessoas e lugares, as tensões e contrações. é estranho. sou daqui e já não sou. fui embora sem sair e voltei sem chegar. estranhíssimo. os lugares comuns, a propriedade privada, a naturalidade do inaceitável. estou vivo, vejo as diferenças entre o outro e eu, entre eu e eu mesmo, entre o outro do outro do outro. reviro as situações, encontro o extra no ordinário. sinto falta. e tanto desejo, e tanta ausência. na batalha entre o possível e o impossível. lutando contra a violência. e vejo a morte, as mortes, insignificantes. e a pobreza e a miséria, de espírito, da vontade, do ser. vejo o tempo agindo, destruindo o futuro. mas não, é mais difícil construir, resistir, vencendo. nascer e ser, adiante, tudo o que foi e que será.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
3 comments:
putz! te entendo demais, joão!
bela reflexão que capta mt bem essa malaise (?) de nós, emigrantes.
valeu!
abarção!saudades!
Gosto de te ver lutar. Um abraço.
Não tinha visto antes. Lindo!
Post a Comment