Thursday, September 27, 2007

Tuesday, September 25, 2007




do vermelho
sangra em silhuetas sabendo simples
làbios mordidos
desdobra em si o que foi e serà
impermeàvel imprevisto
vestìgios
informando a forma, assumindo, sumindo
olha, o fio, para nao ser visto
sagrado, sugere sugerindo sugestao sujeita
o flagra, em pedaços
insòlito
singelo sabor
seu

Monday, September 17, 2007

quase, e por razões desconhecidas continuamos. o que queria dizer me escapa, ter um corpo só não basta e esta voz nao me pertence. assim, invento e reinvento, desdobro e repito, caio para levantar e logo cair de novo. as perguntas aparecem e voltam a aparecer.

um sentido religioso qualquer. o sagrado-profano que todos procuramos é o mesmo, mesmo que em lugares, momentos e de formas diferentes. sinto um misto de espanto e alegria ao perceber que somos tão semelhantes e tão, tão imensamente diferentes. o que será que nos une? duvido um pouco das respostas, mas parece-me que o que nos mantém vivos é e será sempre pròximo. nossos alimentos são estes prazeres e impulsos (extra)ordinários, simples, e é na composição desta sede onde encontramos a liberdade mais íntima. é através das diferenças que toca-se àquilo que nos é mais próprio. os intervalos, as ambigüidades e contradições, as dúvidas e hesitações revelam a nossa experiência no tempo e espaço. mas... o que será que nos une?

aqui, perdido no mundo, procurando juntar as peças deste quebra-cabeças absurdo, as interrogaçoes nao param de surgir. para onde vamos? e vamos juntos, todos? alguém vai ficar pra trás? e por que? será que estamos longe demais uns dos outros? o que nos mantém vivos? o que é que nos permite continuar? que estranha força é esta que nos empurra pra frente? mesmo estando sempre à beira (do abismo, de um colapso, das guerras, da morte, da paralisia, do esquecimento, da falta de sentido total) algo nos provoca o canto e o encanto, algo nos convida para o movimento, para a construção de pontes, invisíveis ou não. loucura ou lucidez, seja lá o que este algo for, que abençoe a todos, como um vento sublime, um sopro que nos faz "EMPURRAR AS PAREDES QUE NOS CERCAM PELO LADO DE DENTRO". infinitamente.

eu, alguém, o outro. alguém, o outro, eu. o outro, eu, alguém.

e a natureza perfila o destino do mundo. entre ecos e murmúrios anônimos somos causa e consequência, agimos e reagimos ao todo que nos rodeia. não há segredos, no entanto tudo é tão misterioso.

Saturday, September 08, 2007

Monday, September 03, 2007




silver mt. zion and the tra-la-la band é uma banda estranha que conheci há pouco tempo. fazem um som difícil de definir: usam guitarras e violinos, compõem arranjos simples e rasgados e tem letras fortes, irônicas e comoventes. os vocais são intensos, variando entre gritos e murmúrios, de uma loucura particular, quase desafinada, bem ritualista. tudo muito bonito, com um feeling especial e... bem, definições não interessam pra nada, música é para os ouvidos e às vezes também para a alma. esta é para os dois.