Saturday, December 26, 2009

algumas coisas que aconteceram em 2009



Rosário 12

Tres cuerpos en escena

La bailarina rosarina Cecilia Colacrai emigró a Europa en búsqueda de nuevos horizontes. De regreso, presenta dos obras junto al coreógrafo brasileño Joao Costa Lima y Carmen Pereiro. "Nos interesa la investigación en las propuestas escénicas", dijo.

Por Edgardo Pérez Castillo


Formada en Rosario, hace poco menos de ocho años Cecilia Colacrai emigró a Europa en búsqueda de nuevos horizontes. Allí, la bailarina y coreógrafa continuó su aprendizaje en paralelo con la participación en distintos proyectos, como los realizados para el Teatro Nacional de Catalunya o la compañía francesa Emmanuel Grivet. Más tarde, se contactaría con el coreógrafo brasileño Joao Costa Lima, junto a quien creó la obra Azul como uma laranja, puesta que mañana a las 22 se presentará en el Centro de Expresiones Contemporáneas, en una jornada que incluirá además la puesta en escena de Come Closer, proyecto generado por Costa Lima junto a Carmen Pereiro.
Colacrai dialogó con Rosario/12 y profundizó en el proyecto "Articulaciones", ése en el que artistas de Argentina y Brasil confluyen para generar propuestas como las que mañana se presentarán en el espacio de Sargento Cabral y el río. "La idea de Articulaciones fue justamente este encuentro entre Carmen, Joao y yo. Venimos los tres de lugares diferentes, pero tenemos un punto de encuentro en el interés por la investigación en las propuestas escénicas y la investigación del movimiento".
"Lo que incluye Articulaciones son estos seminarios que estamos dando (uno más dirigido a la investigación más pura de movimiento a través de técnicas, y el otro que tiene más relación en la composición en el espacio) --profundizó--. Y presentamos dos obras, una de Joao y Carmen que de alguna manera es el sitio que ellos encontraron después del tiempo que han estudiado y trabajado juntos. De alguna manera es al sitio que llegaron después de esa formación. Y `Azul como uma laranja` es una pieza que creamos con Joao, que surge a partir de un seminario que tomamos de Joao Fiadeiro, que se llama `Composición en tiempo real`. Ese fue nuestro primer lugar de encuentro, y a partir de ahí detectamos un interés en común por esto que tiene que ver con la creación. Empezamos a investigar y entramos en un proceso de trabajo del que surge Azul...".
Ustedes confluyen en Europa, donde completaron su formación, ¿pero es posible hablar de aspectos de la danza que tengan que ver con lo latinoamericano?
Creo que de alguna manera quizás no es casualidad que nos hayamos encontrado. No sé si tanto en el hecho artístico sino también en la manera de abordar los trabajos. Todo este proyecto es autogestionado, y quizás en Europa esto todavía no funciona, o se maneja diferente. Creo que sí, que los tres cuerpos que estamos en escena y estamos en este proyecto, evidentemente tenemos una impresión, una marca, un sello de dónde venimos, y creo que también por éso surge la necesidad y las ganas de venir a compartir este proyecto en los lugares de donde somos.
Lógicamente después de haber estado tantos años en Europa, y de haberse nutrido con otra información, usted no es la misma artista que se fue de Rosario hace casi ocho años.
Claro, porque más allá de la experiencia profesional está la experiencia de vida, lo que tiene que ver con el tiempo de estar habitando en un lugar que no es del todo tuyo. Cómo ese cuerpo que está en escena es el mismo cuerpo que se tiene que adaptar a otra sociedad y a otra cultura. Es el mismo cuerpo pero atravesado por todas esas informaciones. De alguna manera creo que todo éso influye, está ahí. Lo último que yo estuve haciendo en Rosario fue con La Troupe , "Catedrales", y trabajé muchos años con Cristina Prates en el taller, y con Ana Varela, que fue mi profesora muchos años. Todos ésos fueron mis referentes antes de irme. Creo que lo que es interesante de poder estar en otros espacios, de poder intercambiar con otros creadores de otras culturas, es la apertura que te da. Creo que viajar y conocer otra gente, otras maneras, otros caminos, es lo que más reconozco en ésa apertura.



Caderno Viver, Diário de Pernambuco.
Por Tatiana Meira - Diário de Pernambuco (31/10/2009)

DANÇA COM O VIÉS POLÍTICO

"Um projeto inédito no Recife termina hoje, com conferência de Isabelle Launay, professora e co-diretora do Departamento de Dança da Universidade de Paris 8, na Aliança Francesa, no Derby, às 17h. Articulações - Corps en Temps representa novidade por ter proporcionado três semanas de experimentação continuada numa oficina para um grupo de 15 criadores em dança, com técnicas nunca antes ensinadas na cidade, como o método Feldenkrais. E por ter possibilitado a apresentação no Teatro Hermilo Borba Filho do espetáculo A vida enorme - Episóde 1, de Emmanuelle Huynh, trabalho desenvolvido no Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers, na França, um dos pontos de vanguarda na formação e criação em dança na Europa.

A visão de fronteiras ampliadas ou borradas entre as artes integra a filosofia do Centro de Angers, onde o coordenador do Articulações, o pernambucano João Costa Lima, estudou por um ano, dos cinco em que vive na Europa. "Queria trazer esta experiência para cá, encarando a performance da dança a questões estéticas e políticas, levando em conta os pilares da experimentação, criação e formação", aponta João Lima, que ministrou o módulo de Observatório cenográfico, ao lado do artista plástico e cenógrafo francês Johann Maheut.

Elementos como espaço e sensorialidade e as relações entre o bailarino e ele mesmo, o outro e os outros foram alguns dos pontos explorados durante a oficina, que ocorreu no Espaço da Compassos, no Bairro do Recife e deixa como uma de suas sementes um blog, que continuará ativo ao término do curso (www.articulacoesblog.blogspot.com). "Fizemos exercícios simples, como o de composição com objetos como mesa, cadeira e lâmpada. Quando o bailarino se coloca numa posição específica, isto estabelece uma relação com o público e o imaginário que pode surgir a partir daí", descreve Johann Maheut.

Para Liana Gesteira, uma das bailarinas participantes da oficina e integrante da Cia. Etc., o mais pertinente nas três semanas de trabalho é poderarticular pensamentos por perspectivas diferentes, trabalhando a composição da cena na dramaturgia, algo que falta aos profissionais do Recife, por não estarem acostumados a desenvolver esta criatividade", opina. Juliana Japiassú defende que o Articulações foi importante para aguçar o olhar dos participantes, que passaram a contar com outras noções de espaço, antes mais ligadas à filosofia de Laban. "São outros códigos e linguagens, como os micromovimentos de Feldenkrais (na primeira etapa da oficina ministrada por Nuno Bizarro), que nos provocam a vencer preconceitos e buscar outras formas do fazer artístico", acredita Juliana, cuja mãe, a coreógrafa e professora Mônica Japiassú é uma das raras profissionas no Recife a ter feito formação em Feldenkrais (e que compareceu a dois dias de aulas). André Aguiar, do grupo Experimental, afirmou se sentir respeitado pelo trabalho, que valoriza a postura ativa dos artistas envolvidos e enfatiza as sensações, provocando os corpos a fugirem da mecanização dos movimentoscotidianos.

Incluído na programação do Ano da França no Brasil, o Articulações finaliza com o depoimento de Isabelle Launay em português - ela morou 15 anos no Brasil. João Costa Lima pontua que a conferência será feita em linguagem clara e direta, interessante até mesmo para quem deseja se iniciar nos questionamentos da dança contemporânea. "Isabelle é filósofa de estética e possui uma visão alargada da prática artística. Ela articula a vida cotidiana contemporânea com relações sociais, econômicas, antropológicas, evidenciando os fatores políticos da dança", destaca João Lima, que não descarta o desejo de voltar à cidade para compartilhar novos projetos."



Jornal do Commercio - Caderno C
Publicado em 13.10.2009

» DANÇA

ARTICULAÇÕES VALORIZA ARTE PERFORMÁTICA

Experiências de artes perfomáticas, realizadas tanto em Pernambuco quanto na França, se encontram durante o mês de outubro com a realização do projeto Articulações – Corps en Temps. O objetivo do evento, que está incluído na programação do Ano da França no Brasil, é promover um fórum de intercâmbio e formação em artes cênicas no Recife. A programação começa hoje, com o espetáculo A vida enorme/Épisode 1, e continua durante o mês com oficinas e uma conferência com a professora Isabelle Launay (FRA).
O dueto A vida enorme/Épisode 1, de Emmanuelle Huynh, com Catherine Legrand e Nuno Bizzaro, será apresentado às 21h, no Teatro Hermilo Borba Filho (Rua do Apolo, 121, Bairro do Recife). O espetáculo foi idealizado como um filme, no qual a trilha sonora e a imagem são apresentadas uma após a outra. Na primeira parte, que corresponde à trilha sonora, um homem e uma mulher dialogam através de poemas do português Herberto Lerder. No segundo trecho, o casal inscreve sua presença sobre o palco em percurso autônomos. A apresentação também faz parte da programação antecipada do 14º Festival Internacional de Dança do Recife. Ingresso a R$ 5.

“A vida enorme é um espetáculo bem sofisticado, que utiliza elementos da performance, som, luz e os corpos no espaço de uma maneira bastante direta. É uma instalação em movimento, nas palavras da criadora”, afirma o idealizador e coordenador do Articulações, João Costa Lima.

A concepção do evento pode ser relacionada à formação que Costa Lima experimentou na Europa, após diversas atividades em teatro e dança no Recife. Em 2006, ele integrou o Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica do Forum Dança, em Lisboa, e em 2008 conclui a Formação Essais, no Centre National de Danse Contemporaine d’Angers (na França). “Tive formação bastante interdisciplinar, com dança, teatro e performance. Desde então venho pensando em trazer isso ao Recife”, diz Costa Lima, que reside em Barcelona e desenvolve um projeto de pesquisa coreográfica aprovado pelo Rumos Itaú Cultural Dança 2009.

Tenho interesse em trabalhar com um grupo heterogêneo dentro do estúdio e também de proporcionar à cidade, não só ao público especializado, um momento de reflexão e deleite estético”, diz o pesquisador. O estúdio a que ele se refere está relacionado a outra atividade do Articulações: o Atelier de Criação, uma formação intensiva e gratuita para dançarinos e atores e demais interessados nas artes performáticas.

Serão três oficinas, que acontecem no Compassos Estúdio de Danças. Uma delas é a Aproximação ao Método Feldenkrais e Improvisação, com o intérprete e coreógrafo português Nuno Bizarro. O artista plástico e cenógrafo, além de intérprete nas próprias performances, Johann Maheut ministra a oficina Observatório cenográfico. A terceira é Composição em movimento, na qual João Costa Lima trabalhará o movimento a partir dos sentidos fundamentais de percepção do corpo.

No próximo dia 31, o Articulações promove uma conferência com Isabelle Launay, que é co-diretora do Departamento de Dança da Universidade de Paris 8 Saint Denis (França).