Wednesday, June 30, 2010

  

 
 
   

i hope to get to know u‏

De: Natu (grahamaxford@pjlivesey.co.uk)
Enviada: terça-feira, 29 de junho de 2010 18:04:17
Para: joaolima80@hotmail.com



Good day, my friend!
 
True love brings up everything – you are allowing a mirror to be held up to you daily www.love-is-hunt.com/
I am reasonably intelligent, driven, thoughtful, funny, honest and decent individual most of the time. I work hard and I’ve being described as a workaholic sometimes. Although I’m trying to balance everything little more these days. When I have free time I prefer to read an interesting book, to watch documentaries, to know something new, I am fond of dancing and having cheerful time with my friends. I am a very sociable person and that’s why I like to meet new people. In summer I like to go to the beach and sunbathe. I like the sun and warm gentle air. I am fond of visiting beauty salons and I like to take care of my beauty. I am not a dull person and that‘s why I have many friends. I like to find new ideas to make the evening unforgettable. Hopeful I can meet some special person I can spend my life with. I appreciate honesty, sincerity and an easy going nature.
 
Nataly
"je veux un mot vide que je puisse remplir"

Saturday, June 19, 2010

"It´s like a movement without the bother of the meaning"


Ao se apresentar como festival de “música avançada e arte multimídia” (slogan para embalar este produto de adoração pop), o Sónar se situa no mercado como um marco do que seria “o desenvolvido, o moderno e o progressista”, destinado a atender a sede de novidade e prazer de uma geração pós-mtv guapa y moderna com pedigree europeu. A festa foi intensa. Neste baile consumidores foram consumidos. E agora, ao voltar desta selva-futura-idealizada para o nosso “mundo terreno”,  a sensação é de um vazio intenso. Vazio ideológico? What??? Contracultura? Nada! Aqui tudo é a favor, sim, MORE IS MORE! THE SHOW MUST GO ON! ENJOY YOURSELF!

Abrindo a noite, Air tocou músicas de seu último disco alternadas com sucessos mais antigos. Não faltaram Sexy Boy, Kelly watch the stars, entre outras. A sensação era de falta de sal, ou pimenta. Diante do minimalismo no palco, tudo se ouvia com perfeição, cada nota, cada textura, no entanto, o volume era baixo. Mesmo assim, pouco a pouco a psicodelia contemplativa alcançava níveis mais e mais intensos. Ao fim, a viagem valeu à pena.

Em um palco ao lado, Hot Chip me surpreendeu com sua capacidade para fazer dançar à  pura vibração positiva.

Máquina envenenada de combinação rock-funk-eletrônica, LCD Soundsystem foi uma porrada! Groove, muito groove, aliado a uma potente descarga de energia, uma força oscilante entre o festejar tudo e o protestar alguma coisa. Dançar até se acabar. Com direito a roda de pogo e tudo mais. Baile furioso. James Murphy é crooner de sangue quente. Anos luz de qualquer cd seu, LCD fez lembrar que música é experiência viva. POW! POW! POW!

Daí em diante a noite seguiu sem parar, “avançando pra cima”. A figura do DJ xamã. Alguém que aperta botões diante de uma multidão indefinida, circulando, combinando vibrações, energias, ressonâncias. Tudo muito básico com tecnologia e efeitos elevados ao cubo. No fundo as operações se resumem a aumentar, acelerar, variar, repetir, cortar, sempre para cima. Too Many Dj´s representou o auge deste espetáculo. Vestidos de smoking brancos, eles agenciaram os códigos da cultura clubber à exaustão, triturando referências disco, girando de citação (samples) em citação, em rotação sobre a própria música de baile. Sob um enorme globo espelhado, não era possível ficar parado.

Tudo muito. Câmeras, telões, a quantidade de estímulos e sua reprodução à exaustão. Espirais dos acontecimentos, incessante jogo de espelhos, parque de diversões insone. Muita, muita energia. Era carnaval. E nesta cinética desvairada, onde parar não é opção, uma pista de carros bate-bate é a melhor imagem: todos, sem nenhum objetivo ou sentido à vista, chocando-se uns aos outros, alegremente à deriva. 

Sem darmos conta, fez-se dia. 

Saturday, June 12, 2010


Mauricio Silva Astrobelo Produçôes apresenta mais um CALDO DE CANA VIRTUAL - Hoje conosco um Artista multi-Talentoso que fica dificil até de definiçâo.Direto de Barcelona o pernambucano=JOÂO LIMA☛♢●CALDO DE CANA VIRTUAL☛❒☚Apresenta JOÂO LIMA●♢☚


Mauricio Silva- ja que fica dificil pra mim definir realmente suas atividades vamos começar com esta pergunta: Quem é Joâo Lima?


João Lima- Sou ator, nasci em Recife. Trabalho entre o teatro, a dança, e às vezes em vídeo. Crio minhas peças, trabalho em colaboraçâo, dou aulas, procuro desenvolver possibilidades e gerar conhecimento. É isto, alguém que busca o movimento e que nao tem muitas respostas.


Mauricio Silva- Estou realizando um novo trabalho e tenho comigo um ajudante que foi-me enviado por uma entidade espiritual ainda desconhecida.Esta pessoa me transmite varias mensagens subliminares.Uma delas foi essa:"O Deus é um so mas tem lugares que o ser humano idolatra animais para dizer que o Deus é ele" (O surfista de Peixinhos). O "idolatra" é uma maxima utilizada por ele, quer dizer Idolo de lata.Bom a questâo é : Você acredita em Deus?



João Lima- Rapaz, deus nao existe não. Gosto de pensar na vida, nessa que temos a nossa volta, na natureza, nas pessoas. Acho que a troco de buscar sentido no mundo inventamos uma série de coisas sem sentido, uma série de coisas que nos tira o sentido, que nos rouba a liberdade e a responsabilidade. Deus morreu, agora só falta enterrar as religiões...



Mauricio Silva- Olha Joâo no dia 06 de junho eu tive uma experiência que posso te dizer mudou minha vida.Recebi dos céus uma missâo e estou agora cumprindo ela junto a você.Respeito enormemente sua opniâo e ao mesmo tempo sou oposto a ela.Pois acho que o amor esta em tudo que é bom e a vida é boa e existe uma oportunidade de se continuar tudo isso numa outra.Para mim se existe esta oportunidade estou dentro desta nave.Nâo acredito em religioôes!Acredito nos Orixas!Eu amo!E você tambem ama!Isso tudo é o bem e isso tudo é Deus.Mas se você nâo acredita em Deus o que me diria do Diabo?



João Lima -Ahhh, o diabo é fantástico! Assim como o amor, ele existe sim. É ele quem nos permite a curiosidade, colocar as coisas em risco. Todo o contrário do absoluto, é o princípio da dúvida, quer coisa mais bonita?



Mauricio Silva- A ceux qui ont compris que la vie passe aussi vite qu’un message virtuel, aujourd’hui c’est ce que l’art transmet ! Demain, dans un futur proche, il transmettra beaucoup plus ... Restez connectés ! Essayez de vous y intégrer ! Rien n’est utile dans cette vie, si on n’y trouve ni la vérité ni l’art. L’art comme volonté de faire, non pas comme un jugement de ce qu’il sera ou devra être. Je pars sur la lune et je vais y habiter ! Je pars dans mon sputnik, de la plage de Jequia ! Vive Jackson do Pandeiro, le meilleur des brésiliens ! Je vous aime !



Mauricio Silva - Coloquei este texto em frances preparando nossos leitores a uma outra questâo menos filosofica pois cito Jackson do Pandeiro um musico que admiro muito.Você como criador o que utiliza como música nas suas peças e o que você esta ouvindo neste momento?



João Lima -Viva Monsieur Jackson do Pandeiro! Neste exato momento tô ouvindo Funk Carioca, mas gosto de muita coisa diferente, velharias clássicas, música negra americana, jamaicana, etíope, nigeriana, brasileira, flamenco, jazz, fucked-up-music etc e tal... mas a verdade é que para minhas peças prefiro pensar o papel do som, antes de ir logo colocando música. O silêncio é importante e não acho imprescindível música nas peças. Em geral trabalho com músicos que vem aos ensaios, que acompanham o processo e que propoem texturas, sons concretos, ruídos, samples, às vezes melodias ou canções.



Mauricio Silva -Morando a seis anos aqui na Europa , sinto que minha obra tem ainda uma ligaçâo muito forte com a minha formaçâo e a tradiçâo do meu povo.Diria que até mais de que quando eu morava no Brasil.Você tem algumas influências ligadas ao Brasil,Quais sâo suas influências?



João Lima- a coincidência é que também estou a seis anos na Europa... e é claro que tenho enormes influências ligadas ao Brasil. Foi lá que aprendi a andar, a falar, foi lá que estudei, que tive a primeira namorada, e as segundas... Me sinto muito ligado às questões brasileiras, ao desenvolvimento da nossa história. Agora, não sinto necessidade de evocar sempre que sou brasileiro, ou pernambucano, não gosto de bandeiras. Procuro viver essas questões de forma nômade, antropofagicamente, livre para devorar uma boa conversa, um passeio em Casa Amarela, Lygia Clark, Rodolfo Mesquita, Cristina Machado, Maurício Castro, Marcelo Pedroso, Gabriel Mascaro, Guimarâes Rosa, Denise Stoklos, Marcela Levi, Lia Rodrigues, Vera Mantero, Juan Domingues, Christian Dergarabedian, Jerome Bell, Samuel Beckett, Antunes Filho, e Maurício Silva!



João Lima- ah, e claro, o nosso carnaval e a nossa violência... entre outras coisas.



Mauricio Silva- Entre todos os artistas que você citou um deles é o seu progenitor,por sinal um dos artistas que mais admiro no Brasil,o trabalho dele podemos classificar como universal,obra densa e particular cercada de referencias e citaçôes originais. Mas ao mesmo tempo ele nunca, e nem precisa,ousou utilizar a tecnologia ou qualquer coisa outra que nâo fosse o desenho e a pintura.Mesmo assim construiu e vem construindo uma das obras mais importantes da pintura brasileira.Como você vê esta posiçâo radical de se isolar da informatica e da possibilidade da arte numerica no Rodolfo Mesquita e em muitos outros artistas com um trabalho do mesmo nivel que ele como Samico,José Claudio,Jairo Arcoverde,Luciano Pinheiro e etc e etc e tal?



João Lima- Rodolfo é radical mesmo. De uma intensidade inspiradora. Trabalha muitas horas a fio, dia após dia dia, desenhando, pintando, lendo. E é muito desconfiado quanto ao nosso mundo consumista, cético quanto à necessidade de novidade do mercado. Ele tomou suas escolhas e vai fundo nelas. E o engraçado é que o trabalho dele nunca parou, surpreende sempre. Acho que tecnologia só serve mesmo como ferramenta, o resto é purpurina. Ele entendeu isso muito cedo, e já tem as ferramentas que precisa: papel e caneta.



Mauricio Silva- Caro amigo Joâo , muito legal tudo isso que fizemos.Te agradeço pelo tempo doado e finalizo com a pergunta Caldo de Cana Virtual.Tem que responder na hora!Nâo pense muito e me diga: Você ja foi picado por uma abelha morta? 



João Lima- EU SOU UM SERIAL KILLER DE ABELHAS MORTAS!



Mauricio Silva ☛☛☛☛☛☛☛▲▼▲☚☚☚☚☚☚☚



O Outro do Outro : Conexão Dança Contemporânea : São Luís


fotos Márcio Vasconcelos

Wednesday, June 09, 2010

Uma das funções da palavra é o registro. Para que tudo não se transforme em esquecimento, gravo aqui 3 fatos de violência banal ocorridos em Recife e São Paulo, no mesmo dia (24/05/2010).

Domingo, José Durval, 24 anos, vinha de ônibus de Olinda em direção à Zona Norte do Recife, estava com os joelhos encostados na cadeira da frente. O passageiro da frente se incomodou. Após discussão, José Durval foi baleado ali mesmo, morto horas depois em um hospital da cidade.

Noite, Joab Caetano, 24 anos, bar na Vila da Cohab, Cabo, onde morava. Um desconhecido lhe pediu cigarro. Joab negou por achar o pedido grosseiro. Os dois brigaram. Após a briga, Joab saiu do bar. Em seguida foi assassinado a tiros. Os assassinos levaram sua carteira de cigarros.

Sumaré, cidade do interior de São Paulo. Homem de 21 anos recusa fazer sexo com sua namorada. Em seguida é esfaqueado nas costas por ela. 

Tuesday, June 08, 2010

Ευρώπη

Isso aqui é uma beleza. É mesmo. Tudo funciona. As pessoas vão e vem. Homens, mulheres, crianças, velhos, cachorros, todos bem alimentados. Os dentes sempre fortes e sadios. Todos muito seguros, nada de risco, nada de armas de fogo à vista. O caminho de volta não sai do lugar. Sempre lá, e todos bem livres para ir e vir. É isso. Céu azul, flores na janela. De vez em quando um passeio de bicicleta. É, aqui as pessoas se preocupam com o meio-ambiente e com ele inteiro. As pessoas aqui são educadas, inteligentes, críticas, politizadas, autônomas, informadas. ONG`s aos montes. Aqui as pessoas sabem para onde vão. Não resta lugar a dúvidas. Este é o lugar. O lugar onde não existe exceção. Ou quase. O quase-lugar onde a exceção quase não existe. O lugar que gentilmente ofereceu a exceção aos outros lugares. E nestes outros lugares há falta. Sim, nestes outros lugares há falta, ausência, fome, sede. Mas daqui, deste lugar, nos preocupamos por tudo, tentamos resolver todos os problemas do mundo. Reais e imaginários, tanto faz. Aqui se decide, é, aqui se escolhe o futuro. O futuro daqui e dos outros lugares. Aqui a preocupação com tudo e com todos é grande, tão grande que até nem se vêem os horizontes do mundo. Tudo começa aqui. E o que não se vê, o que não se sabe, se intui. Se dedica a maior atenção para resolver, da melhor forma, com estratégias bem desenvolvidas, tecnologia de ponta e leis humanitárias, transformando tudo na maior indiferença. É, tudo aqui é assim, normal. Sem surpresas nem sobressaltos. Normal, demais. A expectativa de vida é altíssima. Vemos velhos por todas as partes. Eles são sábios, já viveram de tudo. Viram guerras, ditaduras, democracias. Vemos eles andando, lentamente, com as compras debaixo dos braços. E também vemos crianças. Brincando, aprendendo, se preparando para virarem os futuros velhos. É, isso aqui é antigo, tem o peso do tempo, isto aqui, cheira a mofo.

Monday, June 07, 2010

 
pensar como quem atira um dardo na realidade. ou metendo o dedo na ferida. VIVA A CRISE! A CRISE VIVA! nada disso é em vão. e somos nós quem damos sentido à experiência, ao ato de estarmos juntos. fodam-se os aprioris, as palavras são nossas, assim como os nossos olhares. aqui estamos. vivos, porra!